"Há seis meses que apontamos casos de sucesso"
Na apresentação da conferência Made In Portugal, promovida hoje pelo "Diário de Notícias" no Hotel Tivoli, em Lisboa, Joaquim Oliveira, presidente da Controlinveste, afirmou que o projeto visa sensibilizar os consumidores para a importância de dar preferência aos produtos e serviços de origem nacional.
"No atual momento da nossa vida económica e financeira, essa decisão individual assume uma enorme importância", disse.
Joaquim Oliveira explicou que quando se compra algo de incorporação maioritariamente portuguesa, estão a ser a introduzidos efeitos de duas origens: "por um lado estimulamos o tecido económico e fomentamos o emprego, a maior das nossas necessidades neste preciso momento, por outro, reduzimos a dependência das exportações".
O presidente da Controlinveste explicou que foi a este "duplo desafio" que a empresa, através do "Diário de Notícias" e com os apoios do Banco Espírito Santo e da Associação Empresarial de Portugal se associou.
"Esta iniciativa dura há cerca de seis meses e tem cumprido os objetivos a que nos propusemos com um valor acrescentado, o de apontar aos portugueses casos de sucesso, nos quais vale a pena meditar e cujo exemplo de qualidade deve ser seguido", adiantou.
Para Joaquim Oliveria, o setor da alimentação, bem como o azeite e os vinhos, "é um daqueles em que podemos encontrar boas práticas e bons resultados de crescimento da quota de mercado e da quota de receitas", adiantando, no entanto, que outros setores como a Moda, o Turismo, as Novas Tecnologias ou o 'cluster' do Futebol também são dignos de registo.
Para o presidente da Controlinveste todos estes setores são muito importantes porque, para além da necessidade de se consumirem produtos nacionais, Portugal têm pela frente o grande desafio de melhorar as suas exportações e descobrir novos mercados.
"Em todas estas dimensões, o "Diário de Notícias" está a cumprir a sua vocação", afirma Joaquim Oliveira, "e é concerteza por isso que hoje vamos ter aqui, ao longo do dia e neste espaço, a colaboração de tanta gente ilustre da sociedade portuguesa que nos relatará experiências, debaterá ideias e apontará caminhos".
Joaquim Oliveira destacou ainda a presença do Governo, "de quem se espera que lidere as reformas de que a nossa economia necessita para se tornar mais competitiva".
"Não é este, como sabemos, um caminho fácil", avisa, "temos de recuperar o atraso, que é grande, e fazê-lo em contra-relógio porque o mundo lá fora também não pára".
No entanto, o presidente da Controlinveste acredita que este é o momento em que se podem encontrar soluções políticas capazes de potenciar as energias do país, afirmando que "todos temos essa responsabilidade".